quarta-feira, 18 de maio de 2011

Antologias de Mangá


Olá caros leitores, aqui é o seu colunista Kyon que mais uma vez apresentará assuntos voltados ao mundo dos animes e mangás, mas antes de começar a coluna AniManga Mania desta semana devo explicar o porque da falta da edição da semana passada. Na quarta-feira tive problemas pessoais para resolver e por isso estava tudo preparado para a postagem sair quinta-feira, porém o serviço do Blogger estava fora do ar, pelo menos a parte de administração, e este só voltou sábado a noite. Devido a todo esse atraso optei por postar a edição 4 apenas nesta quarta-feira, o dia correto da coluna sair.

Sobre esta edição apresento o primeiro texto sobre a história das Antologias de Mangá e por ser um pouco longo não teremos a texto sobre uma personalidade da indústria das animações ou mangás, mas ainda temos as indicações de anime e mangá da semana, que serão respectivamente os títulos Tonari no Yamada-san e a versão em mangá de Hoshi no Koe. Antes de começar os textos relembro mais uma vez a sessão Reclame! do Sweet Japan. O local ideal para que você faça suas reclamações e indignações com a atual realidade que vivemos.

Antologias de Mangá: Do início aos anos 80


A história das revistas com foco no mangá começam em 1914 quando surge a revista Shounen Club da editora Kodansha, voltada a um público masculino infanto juvenil, e posteriormente as revistas Shoujo Club, volta a um público feminino infanto juvenil e a Younenn Club voltada a leitores mais velhos, porém estas revistas apresentavam uma série de outros materiais além de mangás e apenas em 1947 surge a primeira revista que podemos chamar de antologia de mangás, a Manga Shounen da Kodansha com publicação mensal. Ela abriria novos caminhos para toda uma geração de famosos mangakas dentre eles o "Deus dos Mangás", Osamu Tezuka. Nos anos 50 surgiriam novas publicações compostas totalmente de mangas.

Em 1954 surge a primeirs antologia shoujo, a Nakayoshi da Kodansha e em 1955 surge a Ribon da Shueisha. Já em 1956, com o surgimento do termo Gekigá ("Imagens dramática", termo usado para mangás mais realistas), criado por Yoshihiro Tatsumi, é apresentada a primeira revista com caráter mais maduro, voltado a adolescentes e jovens adultos, a revista mensal Manga Times da editora Houbunsha. Já no fim dos anos 50 e começo dos anos 60 surgem as primeiras antologias semanais. Em 1959 a Kodansha lança a Shounen Magazine, no mesmo ano é lançado a Shounen Sunday da Shueisha e em 1963 surgiria a Shonen King da editora Shounen Gahousha. Ainda em 1963 surgem as primeiras publicações semanais de shoujo mangá, a Margaret da Shueisha e Shoujo Friend da Kodansha. É importante destacar que em 1962 as revistas Shounen Club, Shoujo Club e Younenn Club tiveram seu fim.

Com o começo das séries de animação televisivas houve um "boom" dos mangás e era cada vez maior a tiragem das principais antologias. Em 1964 surge a famosa revista Garo, voltada para publicações mais adultas e undergounds. Ela se tornaria o berço do seinen moderno. Já em 1967 Tezuka lança sua revista COM que visava publicar séries de autores mais novos e com as mais diversas estéticas, missão que durou até 1972 quando a publicação foi finalizada. Ainda em 1967 surgem a Manga Action da Futabasha e a Young Comic da Shueisha e em 1968 a Big Comic da Shogakukan, publicações mainstream, voltadas a públicos de diversas faixa etárias. E finalizando a década de 60, em 1968 surge a antologia que se tornaria a mais famosa de todos os tempos, a Shounen Jump da Shueisha.

Os anos 70 é marcado para os fãs de anime e mangá pela aparição do primeiro Comic Fest em 1975 e pela criação das publicações informativas para o público de fãs de anime, mangá e games, como a Animage da Tokuma Shouten. Para as antologias de mangás podemos destacar a criação da Erotopia em 1973, a primeira publicação voltada especificamente para o ero-mangá (Mangá Erótico). Em 1977 surge a CoroCoro Comic da Shogakukan, uma antologia voltada inteiramente para crianças e em 1979 surge a June da Shueisa, a primeira antologia de mangás yaoi (Mangás com temática relacionada homossexualismo masculino, estilo que surgiu do boys love que por sua vez surgiu do shoujo, sendo assim é um estilo voltado principalmente para garotas).

No fim dos anos 70 e início dos 80 surgem as publicações para o público adulto, Youg Jump da Shueisha, Morning da Kodansha e Big Comic Spirits da Shogakukan. em 1980 também surge a primeira revista josei (estilo temático voltado para mulheres adultas), a Be in Love da Kodansha. É importante destacar também que com a publicação do livro Manga Keizai no Nyumon de Shoutaro Ishinomori surge nos anos 80 um novo estilo de mangá que frequentemente apareceria em publicações gekigá, o Johou Mangá, o mangá informativo.

Daqui a duas semanas comentarei sobre os anos 90 e o século 21 para as antologias de mangás e vocês conhecerão mais sobre o fim da época de ouro da Shounen Jump. Devo informar também que a principal fonte utilizada para este texto foi o livro "O grande livro dos Mangás" de Alfons Moliné, publicado no brasil pela editora JBC.

Tonari no Yamada san
(Meus vizinhos os Yamada)

A família Yamada, é uma simples família de classe média baixa que leva sua vida com calma, mas que como toda família tem seus momentos únicos. Composta por Nonoko, uma garotinha de 5 anos que normalmente está sorrindo, Noboru, um jovem de 13 anos que está conhecendo as dificuldades do começo da adolescência e aborrecência também, Takashi, o trabalhador e um pouco medroso, pai de Noboru e Nonoko, Matsuko a mãe de Nonoko e Noboru que é a típica dona de casa japonesa, Shige a mãe de Matsuko que faz o típico papel de sogra (japonesa) e Pocchi, o pouco carismático cachorro da família. Ao longo do filme vemos os Yamada passando pelas mais cômicas situações do cotidiano. O filme é de 1999, foi produzido pelo estúdio Ghibli e dirigido por Isao Takahata, o co-fundador do estúdio e diretor de clássicos como Hotaru no Haka (O túmulo do vagalumes) e Ponpoko (A guerra dos guaxinins).
O filme tem um traço bem peculiar que lembra desenho de criança do primário e a provável explicação para tal é o fato de a história ser em boa parte contada por Nonoko. De longe é o filme mais engraçado do estúdio Ghibli e conta com uma trilha sonora igualmente divertida. É difícil não ver o filme e gargalhar. Além disso, há sempre o lado da crítica social tão presente nos filmes de Isao Takahata. Sem dúvida, todos que se consideram fãs dos filmes do estúdio Ghibli tem que ver Tonari no Yamada-san, que também é recomendadíssimo a todos os públicos.

Hoshi no Koe
(A voz das estrelas)
O mangá é uma adaptação da animação homônima de Makoto Shinkai criada em 2002, este também é roteirista do mangá. A obra possui apenas um volume de Tankohon, tem os desenhos de Mizu Sahara e foi publicado em 2004 da revista Aftermoon. Nesta obra é contada a história de dois amigos que foram separados por anos luz de distância. Nagamine Mikako é uma garota que foi selecionada para fazer parte do projeto Tharsian que visa perseguir os alienígenas chamados Tharsian, a fim de obter o conhecimento destes. Noboru Terao é um colegial que foi separado de sua amiga Nagamine e que não sente muito interesse por sua vida atual. Ambos se comunicam através de mensagens de celular, mas a medida que Nagamine se distancia do planeta Terra, as mensagens começam a demorar cada vez mais, o que deixa ambos confusos sobre real preocupação e interesse que o outro tem.
Uma história que começa com uma amizade e termina... um mangá bem bacana que mostra que mesmo a distância e tempo pode ser vencido quando realmente se gosta de alguém. Destaque para belíssima arte que introduz perfeitamente o clima de romance, junto com sci-fi, junto com mecha, junto com realidade. Uma obra muito bonita e que deve ser apreciada pelo máximo de pessoas possível.


1 comentários:

Nana disse...

Tenori no Yamada-san é muito fofo, omg! *o*~ E Osamu Tezuka é muito foda, muito mesmo! Adorei a matéria, Kyon <3